sábado, 25 de agosto de 2007

Victor Lages

Nada

Olho,
E o que vejo não quero ver,
tudo é vão!
Nada existe, a não ser mente.
Procuro,
mas quanto mais procuro,
menos vejo.

Como posso compreender.

Tudo é pensamento,
tudo são memórias,
nada mais existe
para quê procurar o que não se encontra.
O espaço e o tempo
estão sempre em movimento,
a impotência é total!

O princípio e o fim, ai estão!


Não sei quem sou,
não sei o que faço
e o que faço,
não sei para que serve.

Tudo o que fiz
faz parte do passado,
não me importa o que foi feito,
foi feito
porque era preciso fazer.

Vou continuar
a fazer coisas,
não importa o quê,
porque o que for feito
para nada serve,
porque não sei,
Quem sou.